JEREMIAS 2:13 – Porque o meu povo cometeu dois pecados: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.
JOÃO 15- Eu sou a videira; vós sois as varas. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Jeremias tem um chamado profético em meio a uma condição de pecado da nação de Judá e de Israel. Eram tempos difíceis cujo Deus descreve a incredulidade de Israel como a infidelidade de uma esposa para com o seu esposo. (Os 2.15).
1 – A MIM ME DEIXARAM – fonte de aguas vivas.
Quem é essa fonte?
LUCAS 4: 10 Respondeu-lhe Jesus: Se tivesses conhecido o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe terias pedido e ele te haveria dado água viva.13 Replicou-lhe Jesus: Todo o que beber desta água tornará a ter sede;14 mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
Como dar-se o processo de abandono dessa fonte?
1 – ORGULHO.
O livro de Obadias nos ensina lições enormes sobre o orgulho no meio do povo de Deus.
O ponto de partida para uma apreciação maior da graça de Deus é a compreensão das nossas próprias almas. Obadias foi escrito para dar um “chute” nos suportes que sustentam uma vida orgulhosa e auto-suficiente. Descobrimos neste livro 5 “medidas de segurança” que as pessoas usam para assegurar uma “identidade” (para cavar cisternas), mas que são incapazes de preencher o vão-tamanho-Deus em cada um dos nossos corações.
1.1 Posição (2-4)
A força de Edom, país historicamente inimigo do povo de Israel. Sua capital, Sela ou “Petra” (rocha) foi praticamente invencível, com acesso somente por uma passagem estreita facilmente guardada por alguns soldados estrategicamente posicionados.
Apesar do orgulho da sua posição, Deus declara que reduziu Edom a nada. “A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas” (3). Certamente, orgulho da sua posição precedeu uma grande queda (Pv 16.18).
1.2. Posses (5,6)
Os tesouros dos edomitas ficavam guardados nas próprias pedras, em esconderijos quase impossíveis de serem detectados. Mas Deus, que vê tudo, anuncia que os bens de Edom, mesmo escondidos, seriam totalmente devastados, não restando absolutamente nada (6).
O texto nos dá um alerta: bens materiais são transitórios, inconstantes e inseguros. Apesar das aparências, não nos dão segurança verdadeira. Podemos ter um “portfólio” diversificado, um plano de saúde dos melhores, uma poupança admirável, carros, casas e campos. Mas no fim, podemos nos tornar prisioneiros das nossas posses, possuídos pelo que possuímos, longes de Deus e com uma vida tão complexa que perdemos a simplicidade de uma vida dependente de Deus.
1.3. Pactos e Pessoas (7)
Alianças (pactos) e tratados fechados com povos vizinhos e poderes internacionais serviam como forma de proteção. Mas quando substituíam dependência do Senhor, eram traiçoeiros. “Todos os teus aliados te levaram para fora dos teus limites: os que gozam da tua paz te enganaram, prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão puseram armadilhas para teus pés; não há em Edom entendimento.” (7) Se Edom tivesse seguido a voz de Deus na Aliança Abraâmica (Gn 12.1-3), eles teriam “fechado” com Israel e não com seus vizinhos pactos de proteção mútua. Teriam recebido a bênção dAquele que abençoa àqueles que abençoavam Israel. Mas em vez disso, a arrogância de Edom o levou a maltratar o povo de Israel no dia da sua necessidade. Por isso foram castigados pelo Senhor.
1.4 Poder Intelectual (8)
Temã (v. 9) foi a cidade de Elifaz, amigo de Jó. Uz, a cidade de Jó, provavelmente ficou em Edom, e foi notada pela sua tradição de sabedoria. Mas Deus revela que sabedoria humana também não é um suporte confiável para segurança garantida. Deus diz que faria “perecer os sábios de Edom, e o entendimento do monte de Esaú.” (8).
1.5 Poder Físico (9)
Deus condena os “valentes” de Edom: seriam atemorizados e exterminados pela matança (9).
Na economia divina, os mansos herdam a terra, e os humildes, o reino dos céus (Mt 5.3, 5)! Deus permite que nossa força fracasse, nossa saúde se desestabilize e nosso vigor desvaneça — tudo para lembrar que Ele quer ser a Fonte da nossa força. “Tudo posso, nAquele que me fortalece!” (Fp. 4.13).
O povo de Edom caiu no engano da auto-suficiência. Em vez de confiar em Deus e Sua Palavra, confiavam em si mesmos, seus pactos, posses e poder. No fim, nada restou do seu orgulho prepotente.
Segue…